Existem muitas crianças a sofrer agressões diariamente nas escolas. Muitos não falam e sofrem em silêncio. O meu filho já sofreu agressões por parte de outros rapazes mais velhos, mas falou sempre com a família. No entanto, foi o pai que teve de falar directamente com o garote (de 16 anos) em causa. O meu filho tem sido repreendido muitas vezes pelo concelho executivo da escola (Escola Secundária Dr. Azevedo Neves, Damaia) por estar metido em brigas. A nossa posição e conselhos são sempre os mesmos: Tentar evitar a violência como forma de resolver as questões, mas defender-se sempre que tentem agredi-lo e falar connosco! Às vezes são questões "normais" de miúdos de 12 anos, mas quando implica agressões por outros mais velhos e que não pertencem ao grupo dos colegas habituais(amigos) o caso muda de figura. Graças a Deus o meu filho, conta sempre o que se passa, ou pelo menos assim o entendemos.
Já no caso de Leandro Pires, o menino da Escola Luciano Cordeiro, em Mirandela, as coisas foram diferentes. O menino denunciou à mãe os abusos de que estava a ser vítima e a mãe dirigiu-se à escola e identificaram o agressor. apesar da Escola Luciano Cordeiro dizer que ia resolver o Problema, as agressões ao rapaz continuaram. Com o constante e repetido sofrimento de passar pela humilhação e medo de ser agredido, o menino chegou a um ponto de saturação que o levou ao suicídio.
Agora, falam de medidas de segurança na escola, mas como se pode ler no artigo do Correio da Manhã, publicado anteriormente, parece que essas medidas carecem de eficácia no que respeita às saídas dos alunos. E o agressor? O que se está a fazer? Está a ser devidamente acompanhado?? Sim porque isto de andar a agredir os colegas de escola é grave e preocupante tanto no tempo presente como no futuro.
O leitor do Jornal metro, Emanuel Caetano diz que este agressor de tenra idade, " ameaça tornar-se num potencial criminoso" e acrescenta que a Escola em questão devia ser penalizada de forma severa pelo "autismo das chefias" .
Por outro lado, estudos revelam que as vítimas de bullying, vêm as suas vidas transformarem-se e geralmente desenvolvem distúrbios na alimentação e no relacionamento humano e a longo prazo tendem a tornar-se pessoas com baixa auto-estima, com medo de terem os seus próprios filhos, praticantes de bullying no local de trabalho, e potenciais suicidas. Nos casos extremos vêm a revelar-se criminosos ou delinquentes.
Portanto chega de cinismo. Há muito tempo que a Escola Luciano Cordeiro sabia deste problema e simplesmente pôs em Stand By. Fingir-se que se resolvem problemas quando apenas se tenta esconde-los não resolve. E deve haver penalizações, sim! Para as chefias desta escola e de todos os que fazem "orelhas moucas".
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