13/05/2010

A Síndrome de Heller

A Síndrome de Heller é bastante rara e mais frequente em crianças do sexo masculino. Estas crianças têm um desenvolvimento normal até aos 2 anos de idade (nalguns casos até mais tarde mas sempre antes dos 10 anos). No entanto, a partir dessa altura entram numa dramática regressão psicomotora, ou seja, perdem faculdades intelectuais anteriormente adquiridas e entram num estado de profunda alienação passando a ter comportamentos semelhantes aos do Autismo Clássico. O período de regressão dura entre 4 a 8 semanas e é marcado por uma grande agitação e pânico por parte da criança. Os cientistas acreditam de a Síndrome de Heller seja uma perturbação neurodegenerativa.




Depois da fase mais difícil da regressão psicomotora, frequentemente, a doença estagna, isto é, deixa de evoluir mas há poucas ou nenhumas melhorias subsequentes.


As características da Síndrome de Heller, após a fase de regressão psicomotora são evitar o contacto visual; não gostam de ser tocados nem agarrados; não há partilha de sentimentos, alegrias ou interesses; isolamento: incapacidade de estabelecer relacionamentos sociais e afectivos; dificuldade na compreensão da fala, dos gestos e das expressões faciais dos seus interlocutores; emitem sons monótonos; utilização repetitiva da ecolália; problemas ao nível da comunicação não-verbal; movimentos repetitivos, não funcionais (ex: estalar os dedos, balançar o corpo ou a cabeça, etc.); hiperactividade; e perturbações do sono, entre outros.



Para que a criança seja diagnosticada com Síndrome de Heller tem de, obrigatoriamente, apresentar perda de faculdades em pelo menos duas das áreas seguintes:


Linguagem Expressiva e Compreensiva – a criança deixa de nomear/reconhecer os objectos, juntar palavras ou compreender pequenas ordens;


Socialização e Autonomia – a criança deixa de reconhecer pessoas familiares, perde o interesse em brincar com outras pessoas, é incapaz de utilizar a colher ou beber pelo copo;


Motora – a criança deixa de andar e correr, perde a capacidade de utilizar o lápis no papel, é incapaz de fazer a pinça fina (chama-se pinça fina ao movimento de encostar as “almofadinhas” do polegar e do indicador);


Jogo – a criança perde o interesse em brincar ao “faz-de-conta”, deixa de bater palmas, deixa de utilizar os brinquedos de forma funcional;


Controlo Intestinal ou Vesical – a criança perde a capacidade de controlar as fezes e a urina.

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