07/11/2010

Musicoterapia

Autismo


A musicoterapeuta Clarisse Prestes, que trabalha com crianças autistas, ensina que, para cada objetivo clínico, há um tipo de abordagem mais indicada. No caso dos pacientes que atende, por exemplo, sons repetitivos podem ser uma experiência negativa. “Nem sempre a música faz bem. O leigo pode ignorar algumas coisas e fazer mal a quem está ouvindo. O autista tem comportamentos fixos e repetitivos. Se é colocado um CD na frente dele, e ele ficar repetindo a mesma música, esse comportamento estará sendo reforçado”, afirma.

Há dois anos e meio, Clarisse atende crianças com o problema. Ela explica que o autismo é uma patologia cíclica — há picos de melhora e piora —, mas que com a musicoterapia tem apresentado bons resultados. “A música tem esse jeito de perguntar sem ser invasiva. Quando a criança tem autismo, a primeira coisa que os pais fazem é tentar que ela fale, então já levam para o fonoaudiólogo. Com a música, o autista consegue se soltar mais por meio da linguagem não verbal, porque sente que não há toda essa cobrança”, diz.


Com a psicóloga Carolina Leão, do Hospital Regional da Asa Sul (Hras), Clarisse pretende apresentar um projeto à Secretaria de Saúde do DF para a expansão do atendimento público a diversos tipos de pacientes. Carolina, que atende crianças no hospital, participou de oficinas de musicoterapia para estimulação na Universidade de Brasília. Ela conta que havia crianças com lesões cerebrais, para as quais a atividade teve um efeito surpreendente. “Elas desenvolveram a linguagem muito mais, comparando-se às crianças que não participavam do programa. O desenvolvimento geral foi acima do esperado”, diz.
As crianças Felipe (E) e Catarina frequentam oficinas de musicoterapia com o terapeuta Bruno Cesar Fortes, em Brasília

Na rede pública do DF, a musicoterapia ainda é recente e está presente em três unidades — em um centro de saúde para adolescentes de Santa Maria, na área de gestantes de alto risco do Hras e para pacientes terminais do Hospital de Apoio. A técnica foi incorporada ao Núcleo de Medicina Natural e Terapêuticas de Integração da secretaria em 2008, por intermédio da nutricionista e musicoterapeuta Soraya Terra Coury, coordenadora do serviço.

No fim de 2007, ela ajudou a implementar a pós-graduação na área, oferecida pela Escola Superior de Ciências da Saúde do GDF. Atualmente, há duas turmas formadas, sendo que oito profissionais que frequentaram o curso trabalham na rede pública. Segundo Soraya, a ideia é expandir o serviço, mas, como há poucos servidores especializados em Brasília, por enquanto, só será possível levar a musicoterapia à pediatria do Hospital de Base. “É possível que o Hras também aumente o serviço, estendendo às crianças”, diz.

Entusiasta da técnica, Soraya conta que as aplicações são diversas: vão da prevenção de doenças ao auxílio na reabilitação de paciente. Para idosos que sofrem de problemas neurológicos, como o mal de Alzheimer, é uma ótima opção, pois, segundo a especialista, o ritmo, a melodia e a harmonia ajudam a reaver as conexões neurais perdidas. “O ser humano tem uma ligação com o som desde a vida intrauterina. Por isso, a música tão um poder tão grande de mobilizar”, afirma.
 
Fonte: http://reformapsiquiatrica.wordpress.com/2010/02/06/musicoterapia/

05/11/2010

Congresso «Aprender e Ensinar com TIC».

A ENDU - Energias Educativas realizará no dia 27 de Novembro de 2010, no Hotel Vila Galé (Antas - Porto), o I Congresso «Aprender e Ensinar com TIC».
Este evento contará com a presença de diversos formadores de mérito internacionalmente reconhecido e permitirá a actualização de conhecimentos, o desenvolvimento de competências e será certamente um contributo para a operacionalização de um ensino cada vez com mais qualidade! O Congresso é orientado para a prática, como o título sugere e, enquanto tal, as sessões proporcionarão sugestões e modos de fazer com relevância para a sala de aula.
Para informações adicionais (programa detalhado, inscrições, localização) consulte http://www.aetic2010.com/ ou ligue 253 679 155 / 963 425 487 / 968 016 599.