05/09/2010

Saúde - Método "Son-Rise" para tratar o autismo chega a Portugal - RTP Noticias, Vídeo

Saúde - Método "Son-Rise" para tratar o autismo chega a Portugal - RTP Noticias, Vídeo

Rotinas do autista

Como referi outro dia, o meu filho parecia apresentar-se desorganizado. Pois é...quando chegou à sua residência arrumou as suas coisas, e foi logo acomodar-se, ligando a televisão e sentando-se no sofá. Isto foi há 2 dias e desde então tem respondido como se tivesse saído por 2 dias e não quase um mês.


Faz-me pensar na astúcia destes meninos, e em como sabem bem que em casa podem "esticar-se" sempre mais um bocadinho. As rotinas são certamente importantes mesmo em casa, mas dá-me a parecer que temos de instaurar as nossas rotinas, salvaguardando aquelas coisas da alimentação, o lavar os dentes, a hora do banho, do deitar...Refiro-me ao tempo das actividades com os terapeutas. Em casa penso que devemos por a rotina em execução sim, mas adaptando-a à realidade familiar, que é diferente. Até porque da experiência que tenho, todos os autistas são mais obedientes ao terapeuta do que à mãe ou pai.

Ser, não Ter ou Estar, mas Ser (O Momento)

 Muito se fala de energia(s), Mecânica Quântica e mais um sem fim de coisas que podem parecer complexas. O que de facto torna tudo complexo é a "mania" que o homem tem de querer controlar, geralmente por falta de aceitação.

 Quando aceitarmos que somos impotentes perante quase tudo nas nossas vidas, as coisas descomplicam-se, tornam-se claras, Faz-se Luz!

Viver o momento, ser genuíno, e acima de tudo ter consciência.

 Estamos todos ligados, todos somos Deus. É esse o poder. Ainda que estejamos afastados e as coisas e/ou pessoas não se toquem ou cruzem, existe uma ligação. Vamos acreditar nela, esta gera uma corrente energética que leva a acontecimentos benéficos. Existe sempre o propósito de Bem. Não quer dizer que coisas, que achemos que nos são más,  não nos aconteçam. Ho, ho, se acontecem. Mas essa corrente energética existe e chama-se AMOR.

 Acreditem ou não (eu acredito) estamos e estaremos sempre "destinados" a servir um propósito de bem.

04/09/2010

Nova abordagem ao autismo requer a ajuda de voluntários


2010-08-29

Eduarda Ferreira
Recuperar a criança autista com um intenso trabalho de chamada  ao diálogo e ao contacto com o outro é a base de um método com origem nos EUA e que um grupo de pais quer divulgar em Portugal. Eles pedem voluntários para esse intenso trabalho de estímulo.
A mãe da Carolina acredita que “este é o caminho para que uma criança autista se torne independente e faça as suas escolhas”. E assegura ao JN que, entre outros aspectos, muito melhorou o contacto visual que a sua filha agora já consegue estabelecer. Isso porque Susana Silva tem vindo a pôr em prática alguns dos ensinamentos colhidos do Programa Son-Rise, desenvolvido por uma associação sem fins lucrativos dos Estados Unidos.
Esse método implica que haja um espaço reservado à criança, com um trampolim, de preferência sem cama e onde os brinquedos são colocados numa estante, a uma altura só acessível com a ajuda de um adulto. A janela deve ter uma luminosidade normal e com uma cortina.
A ideia base deste método é evitar que a criança se disperse e, ao mesmo tempo, fornecer-lhe estímulos e atenção para que ela se concentre na relação com o outro, seja através da fala, do olhar ou do toque e da brincadeira.
E estas são das capacidades que mais estão ausentes no autismo, caracterizado, entre outras expressões, por alheamento do ambiente e gestos repetitivos, por vezes com auto-agressões e dificuldades no recurso à casa de banho.
Susana Silva, com o companheiro e mais alguns pais de crianças autistas da região do Porto estão a lançar a Associação “Vencer Autismo”, que tem como um dos grandes objectivos divulgar o Programa Son-Rise.
O casal foi aos EUA aprender os fundamentos desse método e já está convicto dos resultados. Asseguram que “o método não tem segredos, é simples e não se compra”. Além de ajudar à progressão da criança, referem, ajuda também os pais a lidar com situações difíceis, por exemplo, as especiais “birras” destas crianças em espaços públicos.
José Santos, o companheiro de Susana, a mãe da Carolina, e também dinamizador da “Associação Vencer Autismo”, afirma que não se trata de receitar o método às famílias, mas sim apoiá-las.
No âmbito da actividade próxima da associação, esta procurará obter fundos para ajudar em dificuldades como as dietas especiais a que muitas vezes os autistas estão sujeitos. Muitas vezes pode ser aconselhável uma dieta sem glúten nem caseína, dada a frequência de paredes intestinais permeáveis e a fixação de metais pesados como o chumbo e o mercúrio no organismo.
Ao apelo que lançaram para voluntários receberam cerca de 15 respostas de todo o país, o que, segundo Susana Silva, “abre espaço para a ajuda a famílias que entretanto estão a frequentar o curso de iniciação ao método nos EUA”. No Porto há três famílias a aplicá-lo.
O interlocutor adulto nesta chamada à realidade da criança autista deve ?interessar-se pelo que a criança está a fazer, não a julgar e festejar sempre que ela se esforça por entrar em contacto?, nomeadamente através do olhar. Tudo através de muita preserverança, em longas sessões que os pais, por tarefas profissionais e limites de resistência, não podem garantir a tempo inteiro.

Referências:

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1650440
 Acesso em 3-09-2010

02/09/2010

As rotinas do autista.

Falo como mãe de um autista de 18 anos. O meu filhos reside neste momento numa APPDA (Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo), tem rotinas precisas e explicam-me os técnicos que a quebra dessas rotinas, num autista pode ser, ou não devastadora. É esse o nosso problema. O individuo autista é imprevisível para nós. O meu filho, destes 5 anos na APPDA tem feito avanços significativos. Este mês esteve em casa de férias e confesso que temos tidos algumas "crises".

Chama-se crise quando o autista manifesta o seu desconforto e/ou zanga, frustação de forma agitada e/ou agressiva e difícil de controlar pelos pais ou terapeutas.

Entre o 3º / 5º dia em casa o meu Ângelo começa a "esticar a corda", ele não fala, mas é muito inteligente (embora seja difícil avaliar o seu QI) e sabe que com a mãe pode fazer coisas que na sua rotina habitual com os auxiliares e terapeutas não faz. É como um menino pequeno.

Amanhã vou levá-lo de volta, porque dia 6 recomeça na valência sócio-educadita, na APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental). A rotina dele está um pouco desorganizada, tirando os banhos e alimentação, mas fazemos o que podemos e que Deus me ajude a ir fazendo.