30/08/2010

Alergias alimentares e outras nos autistas

Alergias alimentares e alergias respiratórias são muito comuns em pessoas com autismo e é muito importante saber qual os produtos ou substâncias a que a pessoa é alérgica, já que a eliminação dos elementos que provocam as alergias, pode resultar em melhoras significativas no comportamento e estado geral da pessoa. As maiorias das pessoas com transtornos do desenvolvimento são sensíveis aos produtos lácteos e produtos derivados do trigo.


As alergias alimentares dão-se devido à formação de anti-corpos contra as proteínas de determinados alimentos. Estes anti-corpos vêm a desenvolver-se, após vários estímulos desenvolvidos pelo organismo, para anticorpos do tipo IgG, que é o tipo de alergia mais frequente no autismo. 1)

Identificado o elemento causador da alergia, deve também fazer-se uma dieta sem glúten (que representa cerca de 80% das proteínas do trigo), até a “bolacha Maria”, que todos nós damos aos nossos filhos, deve ser comprada com extremo critério e a informação “sem glúten” é imperativa.

Segundo médicos especialistas, ao chegar ao intestino o glúten transforma-se em uma espécie de cola dando-se a sua acoplagem nas paredes intestinais. O corpo responde de diversas maneiras, como por exemplo, com doenças auto-imunes ou alergias e intoxicações variadas mas difíceis de diagnosticar clinicamente.2)

Mesmo que não seja nehuma das proteínas do leite de vaca a fazer a alegia, podemos subestituí-lo e a todos os seus derivados (iogurtes, queijo, gelados, etc), por produtos tendo por base a proteína da soja.



Referências:

1) http://www.autismoinfantil.com.br/alergia-alimentos.html
Acesso em 18 de Outubro de 2009

2) http://www.drmarcos.net/?link=artigo.php&aid=58&topic=artigos
Acesso em 18 de Outubro de 2009

27/08/2010

PEA e Autismo

Entrevista de Jornalista do Diário de Notícias à Prof. Doutora Paula Pinto de Freitas, Directora Técnica da APPDA-Norte (Abril de 2010)

Boa tarde Dra. Paula.

Eu chamo-me Hugo Maduro e sou jornalista do Diário de Notícias. Estou a fazer um trabalho sobre Autismo e gostaria que me respondesse, se lhe for possível, às seguintes perguntas:

- Quantas pessoas existem em Portugal com Autismo (se conseguir dizer-me, em separado, o número de crianças e o número de adultos, agradeço)?

È importante distinguir Autismo(um dos sub-tipos das PEA) e Perturbações do Espectro do Autismo( neste grupo geralmente estão englobados os casos de Autismo, os casos de Perturbação de Asperger e as Perturbações Globais de Desenvolvimento sem outra especificação PGD-SOE, ou Autismo atípico)
Globalmente a prevalência das Perturbações do Espectro do Autsimo (PEA), segundo os resulatdos das investigações epidemiológicas têm disparado a partir da década de 90. Uma meta-análise de Eric Fombonne (2003), envolvendo 32 estudos cientificamente credíveis, revelou que nos estudos realizados entre 1966 e 1991 a prevalência média do Autismo era de 4,4 por 10.000. Nos estudos realizados entre 1992 e 2001 a prevalência média do Autismo era de 12,7 /10.000. Ou seja a prevalência triplicara, e embora não seja absolutamente concensual, isto dever-se-á a maior capacidade de diagnóstico por parte dos profissionais e ao facto de famílias e profissionais poderem estar mais informadas sobre estas perturbações.
Um estudo realizado em Portugal por Guiomar Oliveira (2007), em crianças de idade escolar (6-9anos) apontava para uma Prevalência Global de 9,2/10.000.
Relativamente às PEA, a prevalência é muito maior. Estudos realizados nos anos 2000, 2001 apontavam para prevalências de 60 a 70 por 10.000. Os dados mais recentes apontam para prevalências da ordem de 1 para 150 (ADDMonitoring Network – USA) ou mesmo de 1% em crianças de idade escolar no Reino Unido (British Journal of Psychiatry, 2009).

Cálculos por estimativa:
Relativamente aos 10 milhões da população portuguesa seria de esperar para prevalências de 10/10.000, que 10.000 pessoas sofressem se Autismo,
Sendo a população infantil (até aos 18 anos) cerca de 1/3 da população total, teriamos cerca de 3.000 a 3.500 crianças com autismo.


- Qual é a percentagem de rapazes e de raparigas (os dados que tenho indicam que serão 75% de rapazes e 25% de raparigas - se conseguir confirmar-me estes números, seria importante)?
Em termos gerais dizemos que a relação é de3 a 4 rapazes para uma rapariga. Agora esta relação é diferente conforme existe ou não atraso mental associado. Nas situações sem atraso mental, mais próximas por exemplo, das Perturbações de Asperger, esta relação tem tendência a aumentar para valores do tipo 8-10 rapazes para 1 rapariga. Quando o autismo se associa a atraso mental profundo esta diferença baixa (atè 1 para 1).
Gostaria de lembrar que uma percentagem significativa de casos (75% nos estudos mais antigos e 50-60% nos mais recentes), têm atraso mental associado, ou seja para além de autismo têm também atraso mental. A evolução e o prognóstico, nomeadamente a possibilidade de vir a ter uma vida adulta autónoma e o grau de autonomia na vida adulta é muito influenciado por esta associação.

- Se tem ideia de quantos novos casos existem por ano?
Relativamente ao autismo
Não ha dados oficiais. Agora em Portugal, nos últimos anos, nascem cerca de 100.000 crianças por ano. Se pensarmos com base em dados do National Institute of Health, USA, 1999, que refere que o autismo afecta 1 em cada 500 nascimentos, poderiamos pensar em cerca de 200 novos casos ano. È claro que não entramos em consideração com as limitações que ainda possam existir relativamente à identificação dos novos casos.


Nestas perguntas mais objectivas, se não tiver conhecimento dos números concretos, as respostas podem ser dadas com base em estimativas.


- Como é que vê a evolução dos tratamentos do autismo em Portugal?
Vejo com optimismo mas também com alguma preocupação.
Optimismo porque acho que há cada vez mais pessoas a interessar-se por esta problemática e a tentar aprofundar os seus conhecimentos, tanto da parte dos técnicos da saúde como da educação, como da sociedade em geral. Temos maior facildade em realizar diagnósticos precoces e em sinalizar as situações de risco ( antes dos 3 anos de idade). Melhoramos então na capacidade de diagnostico. Temos mais serviços capazes de realizar intervenção e intervenção especializada, embora no domínio da intervenção existam carências e desigualdade regional na sua distribuição.
Assistimos a mudanças no sector da educação e a um esforço sutentado no sentido de se difinirem as orientações relativas às crianças com Necessidades Educativas Especiais. O Decreto Lei n. 3/2008 foi um avanço significativo, pois explicitamente referiu as necessidades das crianças com PEA, e formalizou a criação de Salas de Ensino Estruturado, que são resposta adequadas em muitas destas situações.
Frequentemente estas crianças necessitam de intervenções pluridisciplinares, mas é importante que o trabalho seja realizado de forma articulada e concertada dentro de um verdadeiro espirito de parceria (entre os diferentes técnicos e entre estes e as famílias). Aqui surgem por vezes dificuldades. Dificuldades porque são pessoas com formações diferentes e que precisam de esforçar-se por desenvolver uma linguagem comum, dificuldades porque pertencem a diferentes instituições (saúde, educação, segurança social) e precisam de articular-se, dificuldades porque é preciso tempo para aprenderem a confiar uns nos outros e também para que cada um se revele digno de confiança .

- Que opinião tem sobre as unidades especializadas (salas estruturadas) de recurso pedagógico, destinadas a facilitar o processo de inclusão das crianças?
Penso que a existência de salas de ensino estruturado como parte integrante da Escola, ou seja integradas na “Escola Regular” correspondem a um avanço significativo. Pretende-se que elas contribuam para facilitar a inclusão das crianças com PEA, essa é a intenção que preside à sua criação, dependerá do empenho de todos (pais de crianças com e sem NEE, professores do ensino regular e do ensino especializado, equipas pluridisciplinares, colaborações inter-institucionais...) a concretização desse objectivo. È no entanto, importante ressalvar que as salas de ensino estruturado, ainda não existem em nº suficiente, e também que nem todas as crianças com PEA necessitam de ser inegradas em salas de ensino estruturado.

- Como é que vê a integração das pessoas com autismo na sociedade? Que papel é que desempenha, ou que poderia desempenhar, a sociedade civil numa melhor interacção com as pessoas com autismo?

Se pensarmos que as pessoas com autismo têm particulares dificuldades na área do desenvolvimento social, podemos imaginar que tal acarretará dificuldades ao aprofundar do conhecimento mútuo e abrirá caminho para mal-entendidos e consequentemente para a regeição e exclusão.
Penso que o esforço de todos no sentido de criarmos uma sociedade mais tolerante e solidária, capaz de respeitar as diferenças, de estimular a inter-ajuda e de fazer sobressair o que de melhor exista em cada um ajudará todos e cada um a encontar o seu lugar nessa mesma sociedade.



26/08/2010

Autismo e SFX (Síndrome de X-frágil)

Só nos últimos 30 anos começaram a ser lançadas verdadeiras teorias sobre as causas científicas do Autismo

Hoje está já identificada uma possível relação entre a Síndrome de X Frágil e o Autismo. Cada criança possui 46 cromossomas. Existe um gene específico chamado FMR1 que pertence ao cromossoma X, que às vezes apresenta-se desligado, deixando de funcionar. Quando isto acontece fala-se em Síndrome de X Frágil (SFX)1) que é a causa hereditária mais frequente de atraso mental. Esta alteração genética é herança dos antepassados, sem que no entanto qualquer um deles tenha apresentado atraso mental ou dificuldades na aprendizagem.

Assim, a criança que parecia completamente saudável à nascença, por volta de um ano de idade começa a apresentar sinais de atraso. Apresenta particular dificuldade na realização de problemas que exigem raciocínio, este atraso é mais frequente nos rapazes que nas raparigas. Apesar do atraso no desenvolvimento, muitas crianças apresentam um aceitável desempenho a nível de memória, quer seja visual quer de situações concretas, outras demonstram uma boa capacidade de cuidarem de si próprias (comerem ou vestirem-se sem ajuda).

Como no Autismo é desde cedo que nos casos de X-Frágil  se verifica uma linguagem pobre, repetindo várias vezes as mesmas palavras (ecolália, em termos autísticos), muitas destas crianças são hiperactivas, sofrendo de alterações de humor (ansiedade ou depressão). Algumas podem mesmo apresentar movimentos repetidos e estereotipados, pouco contacto visual, timidez e grande intolerância a mudanças nas suas rotinas diárias.2)

Pesquisadores da Universidade de Nova York e da Baylor College of Medicine, realizaram estudos, tomando por base a análise de uma proteína chamada FKBP12, presente nos seres humanos e nos ratos. Os cientistas eliminaram a proteína dos ratos de laboratório, privando-os do elemento que regula a actividade de uma enzima que influi na união entre os neurónios, que desempenham um papel chave no aprendizado e no processo de memorização.


A enzima, chamada mTOR, também influi na capacidade de resposta dos indivíduos às mudanças em seu meio. Retirada a proteína, os pesquisadores verificaram um aumento das taxas de mTOR e, paralelamente, alterações nas trocas dos neurónios, em particular na zona do cérebro utilizada para a memória. Os resultados mostraram uma diminuição da capacidade dos ratos para analisar e responder a situações inéditas. Quando fechados em um labirinto, por exemplo, os ratos tinham tendência a repetir o trajecto que já haviam feito num exercício anterior. Esse tipo de comportamento é observado, com frequência, nos indivíduos que sofrem de autismo. Eric Klann (2008), responsável pelo estudo, explica; "Nossos resultados sugerem que a FKBP12 regula os neurónios que estão relacionados a doenças neurológicas como o autismo…".3)
 
Referências:
1) Acesso em 18 de Outubro de 2009

http://pagina.forpsi.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=84&catid=43&Itemid=64


2) Acesso em 12 de Novembro de 2009

http://www.paisefilhos.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=675&Itemid=63

3) Acesso em 11 de Outubro de 2009

http://www.bcm.edu/blg/showned.cfm?08-053

O comportamento autista

Habitualmente não falo aqui da minha experiência  como mãe de um autista. Mas acontece que recebi um email que falava de como os autistas se autoestiumulam, apreendendo o mundo pelos seus canais. Hoje em conversa com a psicóloga do meu filho, concordámos que para qualquer indíviduo é dificil actuar perante situações novas. Explicou a Dra. Sónia que nos autistas esta questão toma proporções exarcebadas. Outra coisa que me fez pensar foi o facto de o email relatar, e eu confirmo, que muitas pessoas acham que os autistas têm falta de imaginação. Pois da minha experiência não posso discordar mais. O que os autistas têm é falta de vivências, algumas limitadas por questões inerentes à doença e/ou à realidade familiar e sócio-económica ou a outras.

No autismo tudo tem o seu propósito e lugar, como nas vidas de qualquer um. Simplesmente isso parece ser levado muito à letra pelos autistas e, quando assim não é entram em colapso, ficando sem estrutura, "sem esqueleto para prosseguir com o raciocínio", dando por vezes origem às chamadas crises.
Dou um exemplo:

-Hoje, antes de sair, pentiei o meu filho e pus a espuma no cabelo, ficando todo bonitinho. Ele olhou-se no espelho, sorriu e a seguir foi colocar o chapéu de sol.

Ou seja uma coisa é arranjar o cabelo antes de sair à rua, outra é colocar o chapéu devido ao sol (mesmo que vá estragar o penteado), ambas são necessárias antes de sair e por isso há que levar esssas tarefas a cabo.

25/08/2010

Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007).

Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007), teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos, por isso façam uma leitura atenta. 
cid:8723EEEFD61D401F840ED602BF7F73EB@PCJCPrecisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público


A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,

bem como Cavaco, Durão e Guterres.

Agora dizemos que Sócrates não serve.

E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.

Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão

que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.

O problema está em nós. Nós como povo.

Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda

sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.

Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude

mais apreciada do que formar uma família
baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais
poderão ser vendidos como em outros países, isto é,
pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.


Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares

dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil

para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,

onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:

-Onde a falta de pontualidade é um hábito.

-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.

-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois...
reclamam do governo por não limpar os esgotos.

-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.

-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que
é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.

-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis
que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

-Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.

-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada
finge que dorme para não lhe dar o lugar.

-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.

-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,

melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem ter
corrompido um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português,

apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim,
o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.

Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas,

mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTICE PORTUGUESA' congénita,

essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui
até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana,
mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates,
é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
  ELEITOS POR NÓS . Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,

o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
 defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada...

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor,

mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a
erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco,

nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa ?


Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei

com a força e por meio do terror ?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece

a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados,
ou como queiram, seguiremos igualmente condenados,
igualmente estancados... igualmente abusados !

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa

a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os santos,

a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses

nada poderá fazer.

Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.

É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável,

não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco,

de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
  QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO .

AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.


 E você, o que pensa ?... MEDITE !

cid:D1B1EF11C96E489B87745852FBB395C3@PCJC
EDUARDO PRADO COELHO

O meu Bolo de Iogurte

Muito simples e de fácil memorização.
 1 iogurte natural
2 copos (do iogurte) de farinha
1 copo (do iogurte) de Maizena
2 copos (do iogurte) de açucar
1 copo (do iogurte) de manteiga/margarina derretida
3 ovos
1 pitada de sal
  • Prepare a forma com margarina e farinha.
  •  Aqueça o forno a 180º
  • As claras batem-se em castelo e reservam-se no frigorífico.
  • Junte todos os ingredientes numa tigela e bata .
  • Junte as claras em castelo e bata energicamente.
  • Coloque na forma e leve ao lume por cerca de 25/30 minutos.
É tudo! Claro podemos sempre adicionar o n/ toque pessoal; Uma raspa de limão, um pouco de erva-doce ou canela, mas garanto-vos que assim simples fica muito bom.

23/08/2010

AVÓ BAZELINHA: MUSICA PARA MEDITAÇÃO E RELAXAMENTO

AVÓ BAZELINHA: MUSICA PARA MEDITAÇÃO E RELAXAMENTO

Autismo e Odontologia

Escrito por Adriana Zink


Crianças com autismo tendem a apresentar dificuldades em filtrar e descartar informações sensoriais, o que pode levá-las a se distrair pelos vários sons, imagens, texturas e cheiros. No consultório odontológico estamos cercados desses estímulos e o profissional deve estar atento a essa situação que é primordial para o primeiro contato paciente-dentista. Quanto mais conseguirmos simplificar o ambiente sensorial de uma criança, mais fácil será para ela focar em interações sociais e no aprendizado de novas habilidades. A apresentação do ambiente pode ser inicialmente por figuras fixadas em uma pasta (chamada pasta de condicionamento lúdico), depois cada figura será mostrada no quadro de comunicação na forma do modelo PECS adaptada à odontologia (desenvolvido pela autora)
Brinquedos que funcionam sozinhos, movidos a pilha, com luzes e sons, podem estimular que a criança brinque sozinha com eles, sem precisar que alguém brinque com elas. Esses brinquedos podem distrair a criança e também ser hiperestimulantes. Durante o condicionamento para o tratamento odontológico de preferência aos fantoches, marionetes e outros brinquedos que facilitem a interação com sua criança. Os fantoches são ótimos parceiros porque você será primordial para animá-los. Nesse momento o ideal é iniciar a brincadeira usando o fantoche e a escova de dentes, já introduzindo o assunto principal da comunicação. Se os pais brincarem de dentista e de escovar os dentes ele irá incluir facilmente esse momento na rotina do seu filho.

Se ele não gostar e atirar o fantoche em você, não demonstre reação. Mantenha sua expressão facial e sua voz em um tom neutro (ex: não grite, não franza as sobrancelhas, não faça careta, etc.). Sempre se movimente vagarosamente e com calma durante esse momento, pois assim você minimiza as suas reações, deixando de ser um possível apoio para esses comportamentos. Ao invés de tentar ignorar esses comportamentos, explique com uma voz calma e amorosa que você não a entende quando se comunica com você dessa maneira. Mesmo que a criança não saiba falar, sua explicação é útil tanto em conteúdo quanto em tom. Dê atenção e celebre todos os membros da família que participarem dessas atividades .
Ex: "Viva! Você Escovou os dentes sozinho!". Aproveite e bata palmas, comemore e faça com que ele fique feliz com o momento.
Tenha reações grandes e empolgadas para qualquer sinal de interesse ou disposição da criança nessa área. Ex: quando a criança olhar para a escova de dentes, quando ela levar a escova à boca, etc..
Emprego de uma atitude otimista e sem julgamento maximiza a diversão, a atenção e a motivação da criança durante o uso do Programa Son-Rise®. Esse programa é imensamente gratificante e os pais que utilizam sabem que com amor conseguimos tudo!

Considerar os pais os aliados mais importantes e duradouros da criança fornece um foco consistente para treinamento, educação e inspiração.

Juntar-se a uma criança em seus comportamentos repetitivos e ritualísticos fornece a chave para se decifrar o mistério destes comportamentos, e facilita o contato de olho no olho, o desenvolvimento social e a inclusão dos outros na brincadeira da criança. Nesse momento precisamos contar com a formação do profissional especializada em TGD, onde serão usados acessórios de cabeça para tentar estipular o 1º contato visual paciente-profissional.

A utilização da motivação da própria criança impulsiona aprendizado e constrói a fundação para a educação e a aquisição de habilidades, e a visita ao dentista é considerada uma nova habilidade.
O ensino através da brincadeira/jogo interativo resulta numa efetiva e significativa socialização e comunicação, o dentista deve estar apto a interagir com a criança.

Uso de energia, empolgação e entusiasmo envolve e motiva a criança inspirando um desejo contínuo por interação e aprendizagem.

Dessa maneira iniciamos uma abordagem satisfatória para o tratamento odontológico e tendo em vista a complexidade do atendimento é indicado aos pais que procurem profissionais especializados em TGD (transtorno global de desenvolvimento) e assim incluir na rotina do seu filho à visita ao dentista.
Lembre-se que a prevenção é o melhor caminho, por isso procure um cirurgião-dentista!

Artigo escrito pela Dra.Adriana Gledys Zink, dentista especialista em pacientes com necessidades especiais, trabalha com autistas há 7 anos.


Não deixe de visitar o blog da Dra Adriana.

18/08/2010

II Jornadas de Formação sobre o Autismo

Tema: Autismo e Inclusão

Local: Auditório Glaxo Smith Kline, em Algés

Data: 9 e 10 de Setembro de 2010

Horas: 9h30 em ambos os dias

Estas jornadas têm como destinatários os Familiares das crianças com Perturbações do Espectro do Autismo e Docentes, técnicos e auxiliares das Unidades de Ensino Estruturado dos Agrupamentos apoiados pelo Centro de Recursos para a Inclusão, outros docentes, técnicos e familiares das crianças e jovens com Perturbações do Espectro do Autismo



Contactos:
Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo

Rua José Luís Garcia Rodrigues, Bairro do Alto da Ajuda 1300-565 Lisboa

Tel.: 21 361 62 50 21 361 62 50
Fax: 21 361 62 59


E-mail: info@appda-lisboa.org.pt / secretaria@appda-lisboa.org.pt

Sítio web: http://www.appda-lisboa.org.pt/